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| O disco pode ser baixado através do site oficial do grupo. Aqui ó. |
Música instrumental nunca foi consenso. Aliás, continua longe de ser. Renegada a segundo plano. Feita para poucos. O pré-conceito, beirando o ridículo, talhou a ferro e fogo que seus apreciadores seriam, quando muito, outros músicos, tão virtuoses quanto aqueles por trás de canções sem voz alguma. Um erro.
Da capital pernambucana vem um dos melhores discos lançados por uma banda brasileira em 2010. música instrumental da primeira a última nota e o melhor: com qualidade inquestionável. A Banda de Joseph Tourton não chegará ao mainstream, embora corra um sério risco, caso continue a escrever canções tão boas quanto as que figuram em seu auto-intitulado disco de estreia de se tornar cult na conturbada cena tupiniquim. Se for este o destino do quarteto, então, que seja. Quanto mais ouvidos tiverem contato com esse álbum, melhor, para todos e amém.
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| Pedro, Gabriel, Rafael e Diôgo, não necessariamente nessa ordem |
Musicalmente, a banda bebe em tantas fontes que fica difícil rotular. Cada faixa tem suas próprias particularidades. O release promocional que acompanha o disco resume de maneira exata a música d’A Banda de Joseph Tourton: uma combinação de liberdade com elegância arejada. “Encantador de ouvir e nada fácil de explicar”.
Ainda segundo o release: “o importante é anotar que, neste álbum, o instrumental d'A Banda de Joseph Tourton equilibra pelo menos três aspectos: um certo conforto auditivo; uma forte inspiração imagética; um tanto de urgência e inquietação”. Ouça o disco e acompanhe o encarte ao mesmo tempo. Irás entender.
Impressiona também o fato dos quatro músicos da banda terem entre 19 e 21 anos e serem autodidatas, referendados simplesmente como “pesquisadores de gravações e estilos do século passado” que “cresceram ouvindo as coisas de sua época como rock noventista e o pós-manguebeat”. De cair o queixo. Ouça duas, três vezes. Depois, tente conter o sorriso que naturalmente irá brotar em seu rosto. Quando você menos se der conta estará com os braços erguidos, de olhos fechados, agradecido por ainda haver esperança para a música e para toda a humanidade. Felizmente a bolachinha tem mais de “16 minutos”.
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