sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Blaze: o sortudo que cantou no Iron Maiden

Blaze ao vivo, apaixonado e respirando heavy metal 24h por dia

O próprio Blaze Bayley se diz um cara de sorte por ter sido escolhido para entrar no Iron Maiden. Está certo. Muitos tentaram o posto, depois da saída de Bruce Dickinson em 1993. Blaze não é um vocalista tão técnico e visceral quanto Bruce. Está longe disso. É, como ele mesmo se define: “mais para emoção e paixão da canção”. Sangue e suor, diz ele.

Quando deixou o Maiden após a turnê sul-americana do disco Virtual XI em 1998, Blaze não se deixou derrotar pelas críticas. Por mais esforçado que fosse, o ex-Wolsbane nunca conseguira fazer um show sem escorregar em alguns dos clássicos da Donzela: “The Evil That Men Do”, “The Trooper”, “Hallowed By Thy Name”, entre outras. A entrada de Blaze foi uma aposta de Steve Harris e cia. Não deu certo, embora, The X Factor (1995) seja um disco recheado de grandes momentos.

À época em que anunciou dar início a carreira solo, Blaze exigiu músicos que respirassem heavy metal. O inusitado critério vinha transbordado de uma paixão pelo estilo, vista com cada vez mais raridade nos últimos shows que fez com o Maiden. O vocalista, uma vez mais, estava certo. Acertou a mão na hora de recrutar sua banda e com o lançamento do excelente Silicon Messiah iniciou uma carreira solo, até superior a de Bruce Dickinson fora da “donzela” e inegavelmente melhor que a de Paul Dianno, primeiro cantor do grupo inglês.

Iron Maiden em 1995 na época do lançamento de X Factor
A sombra da sonoridade de sua ex-banda permanecia em alguns riffs e solos, porém, o peso era outro, Blaze era outro. Mais solto, pôde, enfim, mostrar todo seu talento para o mundo. Ouça “Evolution”, “Ghost in the Machine” (um pecado não ser mais tocada ao vivo) e “Born as a Stranger” (a mais maideniana de todas). Superior ao que fez com o Maiden, logo na estreia. Empolgado com a boa repercussão, o cantor continuou a saga de bons lançamentos: The Tenth Dimension, último a flertar descaradamente com o Maiden, principalmente de Virtual XI; e Blood and Belief, um petardo, que se mostrou um divisor de águas na carreira da banda de Blaze. Mais pesado era o aperitivo do que viria na sequência.

Vieram disco e DVD ao vivo e seu melhor lançamento até hoje: The Man Who Would Not Die. Heavy Metal em sua essência. Riffs cavalgados, bases pesadas, refrãos grudentos. E shows. Por todo canto. Nos lugares mais inóspitos. Uma ode ao hevy metal. Com direito a versões apimentadas de algumas das canções que gravou com o Maiden, com destaque para as primorosas “Man on the Edge” e “The Clansman”.

Promovendo seu mais recente disco de inéditas, Promise and Terror, Blaze cumpre agenda de 9 shows no Brasil, incluindo passagem por Porto Alegre no domingo, 23 de janeiro, no Beco. Apostando cada vez mais no repertório da carreira solo, o set, se seguir o que vem sendo apresentado se pautará nos dois últimos de estúdio, com alguns acréscimos de algumas das canções que gravou em seus três primeiros discos e, claro, Iron Maiden. Blaze quer reconhecimento pelo que vem produzindo pós Maiden e não ficar marcado, como Paul, pelos três anos que segurou os microfones da maior banda de metal de todos os tempos. Está certo, mais uma vez.

Datas que restam na turnê de Blaze no Brasil
21/01  Blaze Bayley            São Paulo - SP
22/01  Blaze Bayley            Catanduva - SP
23/01  Blaze Bayley            Porto Alegre - RS
26/01  Blaze Bayley            Curitiba - PR

Set list do show em Goiânia, dia 19 de Janeiro
Blackmailer
Smile Back at Death
Faceless
Waiting For My Life to Begin
City of Bones
Voices From the Past
Surrounded by Sadness
The Trace of Things That Have No Words
Letting Go of the World
Comfortable in Darkness
Futureal
The Launch
Blood and Belief
God of Speed
The Clansman
The Brave
Samurai
The Man Who Would Not Die
Robot
The Tenth Dimension
Man On The Edge

Aumenta o volume:
Blaze “Futureal” ao vivo na Polônia

A obra prima de Blaze Bayley

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